Série Designated Survivor: Quando o Destino de um País Depende de um Homem Comum

Série Designated Survivor: Quando o Destino de um País Depende de um Homem Comum

“Designated Survivor” é uma série política e dramática norte-americana que estreou em 2016 pela ABC e, posteriormente, teve continuidade na Netflix. Criada por David Guggenheim e protagonizada por Kiefer Sutherland, a produção explora um cenário intenso: e se um atentado dizimasse todo o governo dos Estados Unidos, e o único sobrevivente fosse um membro de baixo escalão do gabinete?

A série se inicia com um atentado catastrófico durante o Discurso do Estado da União, em que o Capitólio é explodido, matando o presidente, o vice, os secretários e praticamente todos os membros do Congresso.

O único membro do governo que sobrevive ao ataque é Tom Kirkman (Kiefer Sutherland), o então Secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano, que havia sido designado como o “sobrevivente designado” – uma tradição real dos EUA, que isola um membro do gabinete em local seguro durante grandes eventos, para garantir a continuidade do governo em caso de tragédia.

Kirkman é um homem comum, acadêmico, pacato e sem aspirações políticas maiores. No entanto, de uma hora para outra, ele se vê obrigado a assumir a presidência do país no momento mais caótico da história recente dos EUA.

Com a nação em pânico, ameaças internas e externas surgindo, e uma investigação sobre quem orquestrou o ataque, Kirkman precisa equilibrar a liderança política com dilemas éticos, familiares e pessoais.

Trama envolvente e realismo político

Um dos pontos fortes de Designated Survivor é o equilíbrio entre drama pessoal e thriller político. A trama não se limita à ação explosiva do episódio piloto; ela mergulha profundamente na política institucional, nos bastidores do poder, na mídia, e nas tensões entre diferentes órgãos do governo.

DESIGNATED SURVIVOR – ABC’s “Designated Survivor” stars Kal Penn as Seth Wright, Adan Canto as Aaron Shore, Natascha McElhone as Alex Kirkman, Kiefer Sutherland as Tom Kirkman, LaMonica Garrett as Mike Ritter, Maggie Q as Hannah Wells and Italia Ricci as Emily Rhodes. (ABC/Bob D’Amico)

Kirkman, apesar de inexperiente, mostra-se um líder honesto, justo e equilibrado. Ele enfrenta a resistência do Congresso, o ceticismo das Forças Armadas, a manipulação da mídia e conspirações que se estendem para dentro do próprio governo. Isso transforma a série em um verdadeiro estudo sobre poder, integridade e sobrevivência institucional.

Ao longo das temporadas, o espectador acompanha a evolução de Kirkman como político e ser humano. De um homem inseguro, ele se transforma em um presidente firme, ainda que com dilemas morais cada vez mais profundos. A série também apresenta outras personagens importantes, como a agente do FBI Hannah Wells (Maggie Q), cuja investigação paralela sobre o atentado inicial conecta diversos eventos ao longo da trama.

Produção e recepção

A primeira temporada, lançada em 2016, foi bem recebida tanto pela crítica quanto pelo público, graças à sua proposta original e à performance intensa de Kiefer Sutherland. A série foi elogiada por seu ritmo acelerado, reviravoltas inteligentes e um retrato relativamente realista dos bastidores da Casa Branca.

Contudo, as temporadas seguintes enfrentaram críticas mistas. Alguns apontaram uma perda de foco nas tramas políticas para dar espaço a temas pessoais e conflitos secundários. Em 2018, a ABC cancelou a série após sua segunda temporada.

mas a Netflix assumiu a produção e lançou uma terceira temporada em 2019, com um tom mais sombrio e realista, incluindo questões sociais contemporâneas como fake news, saúde pública e polarização política.

Impacto e relevância

Designated Survivor não é apenas uma série de ação ou política – ela propõe uma reflexão sobre o que é liderança. O personagem de Tom Kirkman representa o oposto dos políticos tradicionais: um homem honesto colocado em uma situação extrema, que tenta governar com empatia e racionalidade, mesmo quando tudo parece empurrá-lo para decisões duras ou populistas.

A série também levanta questões sobre a fragilidade das instituições democráticas. Ao mostrar como um ataque pode destruir a estrutura de um país, a narrativa ressalta a importância da Constituição, da continuidade do poder e da responsabilidade pública. Além disso, a trama discute temas como terrorismo, vigilância, corrupção, liberdade de imprensa e conflitos internacionais.

Conclusão

Designated Survivor é uma série que mistura tensão, drama e crítica social com maestria. Embora tenha tido altos e baixos em termos de roteiro, ela se destaca por seu enredo ousado, pelo carisma de seu protagonista e pela maneira como humaniza o cargo mais poderoso do mundo. Ao assistir, somos convidados a refletir sobre quem são os verdadeiros líderes e o que é necessário para sustentar uma democracia em tempos de crise.

Equipe epicnerd

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